Cgu começa fiscalização das obras do pac
A Controladoria Geral da União (CGU) começa nesta segunda a fiscalização nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em cinco municípios baianos sorteados: Lauro de Freitas, Nilo Peçanha, Itiruçu, Ituberá e Santa Luzia. A ação da CGU se concentrará nas obras do governo federal, mas de acordo com o ministro Jorge Hage, titular do órgão, somente as obras relacionadas a habitação e saneamento integram os trabalhos. Dos 60 municípios sorteados entre 3.024 com mais de 500 mil habitantes, Lauro de Freitas ficou entre os cinco maiores do país, ao lado de Belford Roxo (RJ), Pelotas (RS), Marília (SP) e Parnamirim (RN).
Como o brasil lutar contra a aids
O mundo tem um desafio enorme até 2015, ano estabelecido para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM): deter o avanço do vírus HIV, causador da Aids. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 33 milhões de pessoas vivem com o vírus, que infecta, a cada dia, 6,8 mil habitantes. Desde 2000, a proporção de brasileiros infectados pelo HIV mantém-se estável, com 35 mil novos casos por ano. Mas, como mostra a quinta reportagem da série sobre os ODM, para alcançar o objetivo de conter a Aids, o país precisa de políticas dirigidas para as regiões Norte e Nordeste, onde a incidência da doença vem aumentando. Leia mais
O Sistema de Informações de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde indica que o Rio Grande do Sul é a unidade da Federação com maior número de casos anuais: são 31,79 em cada 100 mil. Porém, a estabilidade da incidência – em 2000, a taxa era de 31,36 – mostra que o estado está em consonância com a meta, de evitar que a prevalência aumente. Os maiores índices concentram-se no Sudeste, onde estão 60% de todos os casos de Aids no país. Ainda assim, em Minas Gerais e no Espírito Santo, a taxa caiu em seis anos. No Rio de Janeiro e em São Paulo, manteve-se estável, com uma pequena elevação.
Os maiores aumentos de incidência estão concentrados nos estados do Norte e do Nordeste. Rondônia passou de 9,35 casos por 100 mil habitantes em 2000 para 17,73 em 2006. O segundo maior crescimento foi verificado no Pará (4,93 para 13,16). À exceção de Roraima, onde a incidência caiu de 16,65 para 15,12, nos demais estados do Norte, houve aumento.
No Nordeste, a situação não é diferente. De todos os estados da região, somente em Pernambuco o número de casos caiu entre 2000 e 2006. O maior crescimento ocorreu em Alagoas. O número de infectados passou de 1,67 por 100 mil habitantes para 9,45 no mesmo período. “O Ministério da Saúde está investigando por que a incidência cresceu nessas regiões. Os casos estão aumentando como um todo, incluindo os de transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. Existem algumas hipóteses, como a pobreza e a migração. A Guiana, que faz fronteira com o Norte, tem um alto índice de HIV/Aids”, explica Daniela Ligiero, oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A especialista também afirma que a epidemia está relacionada à falta de qualidade – e de acesso, em alguns estados e municípios – a exames pré-natal. Nas consultas, as gestantes deveriam ser submetidas ao teste de HIV, coisa que nem sempre ocorre. “O ministério tem trabalhado e avançado muito na construção de políticas específicas, como o plano de enfrentamento da epidemia entre as mulheres e o plano para homossexuais. Mas são diferentes tipos de políticas que ainda não estão integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, alega Daniela. Segundo ela, com a municipalização do atendimento, é mais difícil para o governo federal saber a situação nos municípios e os investimentos feitos pelas prefeituras.